Patologia significa estudos das doenças.
Atualmente, no que se refere ao câncer de mama, o patologista estuda amostras de tecidos doentes e contribui com informações importantes para determinar a presença e o tipo de câncer.
Estas informações auxiliam nas decisões desde o diagnóstico, uma vez que o patologista faz um laudo atestando a existência da doença, até a escolha de diferentes modalidades de tratamento, em diversos momentos do acompanhamento das pacientes.
Os dados que indicam as chances de resposta da doença a determinado tratamento são chamados de “fatores preditivos”. Além destes, também são extraídos dos estudos, feitos pelo patologista, os chamados “fatores prognósticos”, que têm o propósito de prever o comportamento da doença, especificamente em cada paciente.
Os principais exemplos de informações geradas pelos exames são:
- Diagnóstico da presença de câncer;
- Qualificação do tipo de câncer (qual a suposta célula de origem?);
- Classificação do grau histológico (qual o potencial de agressividade desse câncer?);
- Tamanho do câncer, presença e quantidade de gânglios atingidos pelo mesmo na axila (o quanto este câncer já cresceu e se disseminou com o passar do tempo?);
- O câncer responde ao estímulo dos hormônios estrogênio e progesterona? Produz grande quantidade da proteína HER2? (a doença responderá aos medicamentos que bloqueiam os hormônios e fatores estimuladores de crescimento?).
Sendo assim, o patologista funciona como uma espécie de consultor, que recolhe uma série de características dos materiais que recebe e as informa através de um laudo, que é interpretado pelo médico assistente e correlacionado com outras informações clínicas e de exames complementares. As principais ferramentas utilizadas são o microscópio e a interpretação das imagens dos tecidos pelo patologista (treinamento, cautela e experiência), além do relato das informações (principalmente na forma escrita).
Jornalista
Eunice Ebertz
MTE19958