Crise no futebol chines, atual campeão o Jiangsu Suning, acumula dividas de 75 milhões de euros, levando o clube a encerrar as atividades.

A sustentabilidade do futebol chinês está sob ameaça. A outrora abundância de recursos financeiros, capazes de atrair reconhecidos jogadores e treinadores da Europa, tem desaparecido progressivamente e redundado no encerramento de clubes e na limitação da construção de plantéis.

O clube, agora à venda e acumulou quase 75 milhões de euros de dívida e o grupo Suning, especializado em retalho de eletrodomésticos, deixou, entretanto, de financiar a sua atividade.

A situação calamitosa dos clubes chineses arrasta-se há já três temporadas. Na época anterior a essas, por exemplo, despenderam-se uns exorbitantes e irrepetíveis 380 milhões de euros em contratações: Tévez (tornou-se então no futebolista mais bem pago do mundo), Óscar e Paulinho foram só algumas delas.

O Tianjin Tigers, antes conhecido como Tianjin Teda, acumula 10 meses de salários atrasados. A empresa que controla o clube, a Teda Holdings, não tem feito muitos investimentos no time, e a equipe ainda não começou a pré-temporada para este ano.

A CFA proibiu os clubes de adotarem o nome de patrocinadores e grupos empresariais proprietários. O intuito era justamente evitar que as agremiações dependessem tanto desses investimentos e buscassem outras fontes de arrecadação, mas a ideia pode ter tido efeito negativo ao bloquear um importante suporte financeiro para o futebol do país.

Jornalista Lairton Fonseca MTE 19799