A queda de doadores de órgãos, atinge pacientes que estão na espera por um transplante.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira Transplante Órgãos (ABTO), o número de doadores de órgãos caiu no país em 2022, devido à pandemia de Covid-19. A queda atingiu os pacientes que esperam por um transplante.
Os procedimentos mais afetados foram os de pulmão , rim , coração e fígado . O risco de contaminação e a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) por conta do coronavírus foram as principais razões da queda.
Antes da pandemia, a projeção para 2020 era de 20 doadores por milhão de pessoas. Porém, a taxa diminuiu para 15 doadores na mesma quantidade, voltando ao patamar de 2017.

A doação de órgão é um procedimento cirurgico, que visa a reposição ou troca de órgãos, ou tecidos que perderam sua função. Atualmente, um potencial doador pode doar seus rins, coração, pulmões, pâncreas, intestino, fígado, bem como os tecidos de córneas, válvulas, músculos, tendões, ossos, veias, artérias e pele. Uma única pessoa, quando doador, pode salvar até dez vidas.
No Brasil, milhares de pessoas estão na fila de transplante, aguardando um órgão ou tecido, os dados ficam ainda mais alarmantes quando falamos em pandemia da covid-19. Os dados apontam que antes da pandemia, a cada três potenciais doadores, um se efetivou, no panorama atual, a cada quatro, um se afetiva. Isso acontece em decorrência das testagens serem positivas para Covid-19 ou pela demora nas mesmas, o que leva a perda do potencial doador.

Nesse momento, é necessário que as campanhas sejam intensificadas, para que a população seja conscientizada e possamos ter uma curva ascendente no número de captação e procedimentos de transplante. Bem como, os profissionais da saúde se mantenham atualizados e tenham conhecimento do que já é instituído sobre o transplante e quais as mudanças ocorreram em meio à pandemia.
Os principais motivos para recusa da doação de órgãos, é a incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião da família.

 

 

Jornalista
Eunice Ebertz
MTE 19958